sexta-feira, 27 de setembro de 2019

FRANCISCO MARTINS VERAS



Francisco Martins Veras nasceu na fazenda Maracanã, no município de Campo Grande,  (RN), no dia 26 de outubro de 1905, filho de Joaquim Martins Veras e de Francisca Dantas Saldanha. Seus pais pertenciam a tradicionais famílias do estado.
Estudou no Ateneu Rio-Grandense e depois na Faculdade de Direito de Recife, onde integrou o Centro Acadêmico 11 de Agosto. Vinculou-se também ao Partido Democrático de Pernambuco, fazendo política oposicionista. Participou da campanha da Aliança Liberal, que promoveu de 1929 a 1930 a candidatura de Getúlio Vargas à presidência da República, e apoiou João Pessoa quando, em fevereiro de 1930, foi deflagrado um movimento de oposição ao seu governo na Paraíba — a Revolta de Princesa —, no momento em que concorria à vice-presidência pela Aliança Liberal. Com o assassinato de João Pessoa, em julho, o movimento, liderado por um chefe político de Princesa, perdeu substância, embora permanecesse no estado a concentração de tropas federais reunidas a pretexto de controlá-lo, denunciada pelos aliancistas como força de intervenção. Ainda em 1930, Martins Veras concluiu o curso universitário.
Após a Revolução de 1930, participou do Clube 3 de Outubro, organização criada em maio de 1931 para congregar as correntes tenentistas partidárias da manutenção e do aprofundamento das reformas instituídas pelo movimento revolucionário. Tornou-se delegado-auxiliar em Recife em 1933 e, nessa condição, atuou na repressão a movimentos de contestação ao interventor federal em Pernambuco, Carlos de Lima Cavalcanti. Em maio desse ano, elegeu-se deputado pelo Rio Grande do Norte à Assembléia Nacional Constituinte na legenda do Partido Radical Popular. Empossado em novembro de 1933, participou dos trabalhos constituintes e, com a promulgação da nova Carta em 16 de julho de 1934, teve seu mandato prorrogado. Em outubro seguinte foi eleito deputado federal na legenda da Aliança Social do Rio Grande do Norte, permanecendo na Câmara até novembro de 1937, quando, com o advento do Estado Novo, foram suprimidos os órgãos legislativos do país.
Foi também delegado-auxilar no Rio Grande do Norte, chefe de polícia em Recife e membro do quadro de funcionários de categoria do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA).
FONTES: ASSEMB. NAC. CONST. 1934. Anais (1); Boletim Min. Trab. (5/36); CÂM. DEP. Deputados; Câm. Dep. seus componentes; CASCUDO, L. História da Assembléia; Diário do Congresso Nacional; GODINHO, V. Constituintes; SILVA, H. 1935; SILVA, R. Bacharéis.
FONTE – FGV

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